sexta-feira, 2 de maio de 2008

EP SP

A senhora considera a bolsa extensão do braço, carrega como se fosse uma tipóia.
O camelódromo fechado.
O vendedor na rua com os homens-aranha que escalam prédios e descem. Não olha para os lados, só pra sua demonstração da mercadoria. Todos os dias no mesmo local.
A esfiha que tem carne amarela e faz passar mal. O lanche que enche e dá dor de barriga. O dinheiro desejado para aquela refeição boa e mais cara.
As pessoas felizes tirando foto com um celular. À noite. O domingo com os mendigos dormindo.
Ônibus lotado. A moça simpática que oferece o colo pra você colocar sua sacola. As pessoas na calçada andam mais rápido?
Ó o rapa.
Saltos para caminhar tanto assim.
A não-conversa alheia.
Perna fica no vão do metrô.
A cervejinha quando dá. A conversa na fila do banheiro. Quando há oportunidade não fazem estudo antropológico no bar, só os desacostumados.

E tudo junto com o punk com castanholas.

Nenhum comentário: