sexta-feira, 2 de maio de 2008

Dai a César

Uma praça, um orelhão. 01 orelhão.

- Daí, bem, ele pegou e disse que tinha um compromisso pra ir e saiu. Bateu a porta. Na minha frente. Ahn? É, não pude fazer nada, né, que o cão saiu correndo feito um torrrrpedo. Não agüenta, né, faiz coisa errada e num agüenta. O que eu fiz? Fiquei com a Maria Júlia. Não, nem falei nada não.

Um cidadão não muito são aparece. O jovem havia sido castigado pela cana em um churrasco. Malditos vegetais.
A possibilidade de fazer uma ligação naquele orelhão parece distante, e como um bom bêbado começa a encher o saco da moça.

- ... é menina... ah, eu tenho muito ciúmes da Maria Júlia, porque depois que ela apareceu ele começou a dar muito mais atenção pra ela sabe, parece que eu não existo, só quer saber de Maria Júlia, Maria Júlia. E ela me dá um trabalho. Me tira o marido e ainda dá trabalho. Mas é minha filha né...

Vendo que suas encheções de saco não seriam suficientes para a moça desligar, muito preocupado com a situação, o cidadão pega uns matinhos da grama e coloca atrás das orelhas.

- Eu sou César e quero falar com a minha mãe!

O que parecia ser fácil para o César não era fácil: a falante do orelhão não deu bola. Não acreditou.
Como alguém com tanto poder como César poderia ser desobedecido? Como que o desejo de César não foi concretizado? Era um assunto importante, oras...

César teve que se conformar, à espera de algo que nunca iria se concretizar, com sua túnica, sandália e louros.
E a mãe de César ficou preocupada.




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