quarta-feira, 26 de março de 2008

Aieagora

O aieagora é prescrição de várias situações, podendo ser facilmente substituído pelo aimeudeus, ainãoacredito, elenãotáfalandoisso ou elanãotáfalandoisso, entre outros. É freqüentemente acompanhado por uma cara de paisagem“ ou de desespero mesmo.


O aieagora acontece em situações onde o receptor se sente oprimido ou inconformado pelo teor assustador da mensagem. Não se tratam de simples mensagens ameaçadoras que valem por um prazo curto, mas coisas que, caso concretizadas, tomarão uma eternidade de angústia.



Exemplos simples: quando o desespero bate quando percebe que aquilo que você falou não é algo que soa simpático, mas que é um tremendo fora - desses que dá vontade de virar um avestruz desenhado e enfiar a cabeça embaixo da terra para não ouvir ou ver a cara (a mensagem) que virá. Ser mal interpretado.
Ou quando um cidadão volta pra casa dos pais, desempregado e borocoxô por isso, não quer ficar por lá ou perto. E no caso de alguns pais, querem o filho pródigo em sua casa para sempre. Querem que o rebento tenha emprego ali na esquina, do lado de casa, rezam para isso. O contrário também vale em outros casos, o frio na espinha sobe quando o abençoado liga dizendo que voltará.
Quando alguém começa “bem meu querido, veja bem...“. Quando você vê aquele projeto seu maravilhoso ser visto de forma não tão maravilhosa e execrado. Quando você está no monte everest, percebe que tem medo de altura e seu respectivo diz case-se comigo.


Situações que você viu que apostou uma bolada em um cavalo e perdeu tudo. Ou que algo obrigou você apostar a bolada.


Certas comunicações tem que ser aos poucos e com amaciante, e não com goma logo de sopetão. Se não, nossa cara fica dura. Se não, aimeudeus.

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